Dr. Fernando Caldeira da Silva
No silêncio da noite, quando as estrelas pintam o céu com sua luz cintilante, o coração do ser humano volta-se para a busca da verdadeira sabedoria. É nesse momento de reflexão que as palavras inspiradas pelo Altíssimo ecoam: “Acaso, alcançarás os limites do Onipotente? Acaso, chegarás à perfeição do Eterno?” (Job 11:7). Esta indagação não é apenas um questionamento, mas uma chamada à humildade diante da grandiosidade e incompreensível vastidão do nosso Criador. Ele, que é a rocha da nossa salvação, é também a fonte suprema de toda a verdade e justiça: “O Deus de Israel falou, a Rocha de Israel me disse: ‘Quem governa sobre os homens com justiça, quem governa no temor de Deus, é como a luz da manhã ao nascer do sol, numa manhã sem nuvens’ [ênfase adicionada]” (2 Samuel 23:3).
Estas palavras ressoam como um hino de esperança, lembrando-nos que a verdadeira grandeza está em viver em harmonia com os princípios divinos, irradiando luz e justiça como os raios do sol ao amanhecer. E, à medida que nos entregamos à luz da verdade, as trevas que antes obscureciam os nossos caminhos são dissipadas: “As nações se encaminharão para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu” (Isaías 60:3). Aqui reside a essência da nossa missão como cristãos: sermos portadores da luz de Deus neste mundo, guiados pela sabedoria que emana do Altíssimo.
Diante deste cenário, surge uma questão crucial: o papel dos evangélicos na esfera política. Como filhos da luz, somos chamados a influenciar e a transformar todas as áreas da sociedade, incluindo a política. Não se trata apenas de ocupar cargos, mas de sermos agentes de mudança, levando os princípios divinos de amor, justiça e compaixão aos corredores do poder. O nosso envolvimento político não deve ser motivado pelo desejo de poder ou status, mas pelo compromisso de servir ao bem comum e promover o Reino de Deus na terra.
À medida que nos aproximamos das próximas eleições nacionais em 10 de março de 2024, é crucial que os evangélicos assumam a sua responsabilidade cívica e participem ativamente do processo político. Não se trata apenas de escolher líderes, mas de sermos voz para os excluídos, defensores dos oprimidos e promotores da justiça social. Devemos elevar as nossas vozes em prol dos valores do Evangelho, lutando por políticas que promovam a dignidade humana, os direitos fundamentais e o bem-estar de todos os cidadãos.Que possamos, então, responder à chamada do Altíssimo, sendo verdadeiros instrumentos da Sua luz e amor neste mundo, inclusive na arena política. Que a nossa participação nas eleições seja pautada pela sabedoria divina e pela compaixão cristã, guiando-nos na busca por um país mais justo, compassivo e alinhado com os propósitos de Deus. Que possamos ser faróis de esperança e inspiração para a nossa nação, levando adiante o mandato divino de fazer justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com nosso Deus (Miqueias 6:8). Vota ADN (Bancada Evangélica). Viva Portugal!